19 de jul. de 2009

Um amor incondicional

Meus amigos,
hoje senti uma emoção muito grande ao entrar no dojo da Universidade Gama Filho para participar de um treino de judô. Fiz questão de colocar meu judogui novamente, depois de alguns anos guardado, com o símbolo que tanto defendi em meu peito, do lado do coração.


Tentei escrever algumas coisas para representar esse momento e acho que consegui extrair ao máximo minhas emoções.


Eu sabia que um dia a maioria de nós iria-nos separar.
Sentiríamos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos dos tantos risos e momentos que partilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas das competições, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.


Sempre pensei e acreditei que as amizades continuariam para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.


Aos poucos cada um foi para o seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, seguiram a sua vida.

Talvez até continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos emails que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...


Aí, os dias vão passar, meses, anos e até este contato se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo...


Às vezes os nossos filhos vendo as nossas fotografias em preto e branco perguntam: "Quem são aquelas pessoas?"

Aí diremos que eram nossos amigos e isso vai doer tanto!
"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!”
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...


Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...


Uma vez eu vendo esse texto escrito em algum lugar, guardei para sempre em minha memória:
“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"



Escrita pelo Prof. Francisco Arroio
Assessor Administrativo e Técnico da FJERJ

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